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FMF recorre da indemnização a Luís Gonçalves

A FEDERAÇÃO Moçambicana de Futebol (FMF) recorreu ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) da condenação pela Federação Internacional de Futebol Amador (FIFA) ao pagamento de 24 milhões de meticais ao antigo seleccionador nacional, Luís Gonçalves, mais seis milhões de meticais ao antigo assistente, Tiago Capaz, disse ontem ao “Notícias” o vice-presidente da Administração e Finanças da FMF, Jorge Bambo.

Os treinadores portugueses submeteram uma queixa à FIFA alegando que foram despedidos ilegalmente em Março do ano passado, quando os contratos assinados com a FMF tinham validade até Novembro deste ano.
Segundo Bambo, o organismo contratou uma firma de advogados brasileira para liderar o processo de litígio com o antigo treinador dos “Mambas”, tendo já sido interposto um recurso junto ao Tribunal Arbitral do Desporto.
A FMF suportou o recurso na cláusula que admitia a possibilidade de rescisão unilateral de contrato em caso de falhar o objectivo de apuramento ao CAN-2021, a ser disputado a partir de domingo nos Camarões.

No entanto, o contrato previa também a qualificação ao “Mundial” de Qatar-2022 e é justamente neste ponto que Luís Gonçalves agarrou-se para submeter a queixa, justificando que ainda estava dentro do cumprimento dos objectivos.
“Estamos a trabalhar com uma firma especializada neste tipo de litígios. Era preciso ir buscar especialistas e temos a convicção de que a situação vai reverter-se a nosso favor. A condenação em primeira instância fica suspensa até à decisão sobre o recurso, portanto, o processo está a correr na FIFA e aguardamos por uma decisão”, disse o dirigente.
Indagado sobre a capacidade financeira de pagar os valores envolvidos no processo, o dirigente admitiu que “são valores altos e somos deficitários em termos de recursos. A nossa convicção é de que o desfecho deste processo nos será favorável”.

Tal como referiu Jorge Bambo, a FMF rescindiu o contrato com Luís Gonçalves por ter falhado o apuramento ao CAN e também porque havia mau relacionamento entre as partes, caracterizado por vários episódios de ruído na comunicação social, comprometendo o ambiente de trabalho e de gestão do órgão gestor da modalidade no país.