A junta militar golpista do Níger realizou, esta sexta-feira, o seu primeiro Conselho de Ministros, no qual participaram os membros do governo de transição nomeados esta semana.
Segundo a agência noticiosa nigerina ANP, a reunião teve lugar às 10:00 locais e foi presidida pelo líder do golpe de Estado, general Abdourahamane Tiani, na presença de membros da junta – autodenominada Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP).
A reunião contou com a presença de membros do governo de transição nomeado por Tiani esta semana, chefiado pelo primeiro-ministro, Mahamane Lamine Zeine, noticiou a ANP, que a acrescentou que o novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Bakary Yaou Sangaré, “que está fora do país”, não esteve presente nesta reunião.
O novo governo de transição, composto por 21 ministros, incluindo seis militares, foi nomeado quinta-feira por um decreto assinado por Tiani.
No mesmo dia, realizou-se em Abuja uma cimeira extraordinária dos líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), na qual ordenaram a “activação” da “força de reserva” do bloco para uma eventual intervenção militar destinada a “restabelecer a ordem constitucional”, embora tenham assegurado que continuariam a apoiar o diálogo.
Na anterior cimeira extraordinária dos líderes da CEDEAO, em 30 de Julho, o bloco deu aos líderes golpistas um ultimato de sete dias para recuarem, sem excluir o uso da força, caso não devolvessem o poder ao Presidente deposto, Mohamed Bazoum.
No entanto, até à data, os golpistas ignoraram as ameaças e continuaram a assumir funções executivas e constitucionais, incluindo mudanças nos cargos de várias instituições nacionais e regionais.
Além disso, a junta elevou o nível de alerta das forças militares do país, fechou o espaço aéreo do país e avisou que o uso da força será objecto de uma resposta “imediata” e “enérgica”.
Fonte: RM
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