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Efigénio Baptista revoltado com Imprensa Nacional

O juiz da Sexta Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, Efigénio Baptista, mostrou-se revoltado terça-feira com a atitude da Imprensa Nacional. No seu entender, aquela instituição suprimiu umanparte da informação sobre
a empresa Anlaba Investimentos. Refira-se que o tribunal solicitou recentemente à Imprensa Nacional e à Conservatória dos Registos de Entidades Legais o registo da composição dos accionistas da empresa Anlaba Investimentos, no âmbito do processo de arresto de bens de 11 arguidos, dos 19 do caso das dívidas não declaradas.
O juiz pretende aferir, com mais detalhes, a informação sobre a sociedade Anlaba, uma vez que um dos arguidos apontados pelo Ministério Público como accionista da Anlaba, Gregório Leão, disse em tribunal que
não o é.

Na informação enviada ao Tribunal não constam os nomes dos sócios da sociedade Anlaba, nomeadamente Gregório Leão, António Carlos do Rosário e Imran Issa. No entanto, a informação enviada pela Conservatória dos Registos de Entidades Legais confirmou que a empresa Anlaba Investimentos pertence a Gregório Leão, tendo como sócios António Carlos do Rosário e Imran Issa.

“A informação dos Registos de Entidades Legais dá conta que Gregório Leão é  quem foi ao BAÚ requerer o registo da sociedade Anlaba Investimentos. Por ser uma sociedade anónima, não vêm os nomes dos accionistas”, explicou.
Anotou que, mais tarde, quando a sociedade foi publicada no Boletim da República foram retirados os nomes. “Facto curioso é que o tribunal pediu à Imprensa Nacional para dar o Boletim da República e a Imprensa Nacional deu certidão integral que não tinha os nomes dos membros do Conselho Fiscal, nem tinha o nome do requerente. Não sabemos se a Imprensa Nacional retirou os nomes dos documentos de propósito”, apontou.

De referir que a audição sobre o arresto de bens decorre desde o dia 12 do mês de Abril do ano corrente. Na primeira semana foram ouvidos 11 arguidos, dos 19 do caso das dívidas ocultas.

Na segunda semana foram ouvidos quatro declarantes, alguns eram membros de direcção da empresa Anlaba, destacando-se Bilal Sidat (administrador financeiro). Outro declarante ouvido na semana passada, Abdul Carimo Mohindin, é indiciado de ter comprado alguns imóveis pertencentes àquela sociedade.
Abdul Carimo Mohindin disse que comprou um apartamento no prédio Karibu no mês de Maio do ano de 2019. Ainda no mesmo mês, participou, na qualidade de advogado, no negócio de compra e venda de outro apartamento, no prédio Karibu, para Mahomed Amade. Os dois apartamentos custaram 10 milhões e 250 mil Meticais, cada.

 

MAIS QUATRO DECLARANTES SERÃO OUVIDOS NA TERÇA-FEIRA

O juiz Efigénio Baptista disse que no próximo dia 3 de Maio serão ouvidos mais quatro declarantes, nomeadamente Adiel Buque, Muhusin Abdul Magid, Lucman Amade e Arão Bombe.
Trata-se de cidadãos que foram mencionados por várias vezes pelos declarantes do processo de arresto de bens de 11 arguidos do caso das dívidas não declaradas. Os quatro declarantes são apontados de terem participado na compra e venda dos apartamentos da empresa Anlaba Investiments, cidade de Maputo