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Apesar da falta de chuva: Manica na expectativa de boa colheita

APESAR da escassez das chuvas e dos sucessivos fenómenos meteorológicos extremos, a produção
de cereais, em especial de milho, continua promissora na província de Manica.

Segundo o director provincial de Agricultura e Pescas de Manica, Ernesto Lopes, desde finais de Janeiro último que a província regista fraca precipitação, decorrente das mudanças climáticas. Mesmo assim, garantiu que nem tudo está perdido, havendo esperança de boa colheita.

De acordo com a fonte, as chuvas que têm caído de forma esporádica nos últimos dias e a segunda sementeira que está em curso alimenta a esperança de que nada está perdido por enquanto.

“No mês de Março começaram a aparecer, de forma esporádica, as chuvas que recuperam as plantas que já florescem em algumas áreas que não foram afectadas. Ainda não estamos em estado de alerta.

Reconhecemos que há uma fraca queda de chuvas, mas não é preocupante”, disse Ernesto Lopes. O director de Agricultura e Pescas disse ainda que o sector está a desenhar estratégias para a segunda época, que passam necessariamente por apostar em sementes certificadas de ciclo curto e resilientes às mudanças climáticas.

“O desafio é continuarmos a mobilizar os produtores para abraçarem a segunda época,
semeando também nas baixas e usarem sementes certificadas e de ciclo curto”, indicou.

Acrescentou que a província carece de 11,5 toneladas de semente diversa, desde hortícolas e oleaginosas, para apoiar as famílias do sector agrário que viram suas machambas inundadas de água e lodo, por conta da tempestade tropical Ana.

No entanto, os distritos de Tambara e Macossa, no norte, e Machaze, sul, podem enfrentar escassez de alimentos por serem predominantemente semi-áridos e, por isso, ciclicamente afectados pela estiagem.