Please wait..

SUSPEITA DE FEBRE AFTOSA: Decretadas restrições no movimento de animais

ESTÁ interdita a movimentação de bovinos, caprinos, suínos e ovinos destinados à criação a partir da província de Tete, devido à suspeita de eclosão de um surto de febre aftosa no distrito de Chifunde, na fronteira com o Malawi e a Zâmbia.

Os episódios foram notificados a 31 de Março, o que ditou a proibição da circulação de animais destinados ao abate dos distritos de Angónia, Dôa, Tsangano, Marávia, Chifunde, Macanga, cidade de Tete, Moatize e Zumbo.

Devido à situação prevalecente, a Direcção Nacional de Desenvolvimento Pecuário (DNDP) determinou a suspensão do trânsito de forragens destinadas à alimentação de gado provenientes dos distritos de Chifunde e Macanga e a concentração de animais para quaisquer fins sem a permissão da autoridade veterinária.

A circulação de animais no resto do país somente é permitida caso eles tenham sido inspeccionados, bem como observados os procedimentos para o trânsito interno dos mesmos, seus produtos, como o porte de credencial autorização e certificado de registo do meio de transporte emitidos pela DNDP.

Destas restrições, exceptua-se o movimento de animais destinados ao abate provenientes de explorações vedadas dos distritos afectados, após inspecção pela autoridade veterinária da integridade das vedações e dos animais.

“É ainda permitido o movimento de carne para fora dos distritos desde que seja proveniente de matadouros ou casas de matança com condições para maturação da carne por 24 horas, conforme o determinado no regulamento dos matadouros”, refere um aviso do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER).

As medidas entram imediatamente em vigor e poderão ser revistas em função da evolução da situação sanitária nas regiões abrangidas.

Refira-se que Moçambique não notificava caso de febre aftosa desde Setembro de 2020, como resultado dos avanços na vacinação do gado das zonas de alto risco de ocorrência da doença e restrições na movimentação de animais.

A febre aftosa é considerada uma das doenças transfronteiriças mais importantes do mundo pela sua rápida transmissão e propagação, com impactos económicos negativos devido à imposição de medidas que impedem o acesso ao mercado.