MAIS de dois mil ex-mineiros, residentes nas regiões centro e sul do país, deverão receber, a breve trecho, as suas pensões de reforma, volvidos mais de seis anos de espera.
O vice-ministro do Trabalho e Segurança Social, Rolinho Farnela, que anunciou o facto, disse estar em curso um trabalho entre o ministério e a contraparte sul-africana, com vista a resolver a situação precária dos ex-mineiros que perderam os seus postos de trabalho devido a acidentes de trabalho e/ou doenças ocupacionais. “O governo sul-africano reconhece as fragilidades existentes no pagamento de pensões.
Recentemente, o Governo moçambicano representado pela ministra do pelouro, Margarida Talapa, esteve naquele país e manteve encontros com diversas personalidades do executivo sul-africano, com vista a trabalhar na disponibilização das pensões”, explicou.
Rolinho Farnela falava, há dias, na cerimónia de entrega de gado bovino e caprino a uma associação de ex-mineiros residentes no distrito de Magude, província de Maputo, que trabalhavam nas minas de ouro, diamante e platina, na vizinha África do Sul. O montante é referente ao pagamento de previdência social e compensação de mineiros moçambicanos que contraíram doenças ocupacionais.
Questionado sobre os rumores que apontam para o desvio de parte do valor de pensões dos ex-mineiros, Farnela tranquiliza e garante que as alegações visam reduzir os esforços do Governo de criar condições condignas para essa classe de trabalhadores. “Não existe desvio de fundos dos mineiros, isso é uma falácia, pois depois de se apurar todo o expediente, o valor é canalizado para as contas dos visados”, explicou.
Em Novembro de 2021, o Ministério do Trabalho e Segurança Social introduziu a digitação do histórico dos trabalhadores, tendo sido inseridos 52.717 contratos de trabalho no Sistema de Gestão do Fenómeno Migratório (SIMIGRA). -(AIM)
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