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LINHA DE ENERGIA PARA MALAWI: EDM adjudica obra do lado moçambicano

A EMPRESA Electricidade de Moçambique (EDM) anunciou a adjudicação das obras de construção da linha de interconexão de energia eléctrica com o Malawi à companhia denominada Lasern & Toubro Limited, que deverá executar os trabalhos do lado moçambicano.

Os trabalhos consistirão na construção de 142 quilómetros de linha de transmissãoa 400KV, partindo da nova Subestação de Matambo, a ser erguida no âmbito do projecto, em Tete, até à fronteira com o Malawi, em Zóbuè. Não foram revelados os prazos de execução das obras, contudo, sabe-se que as mesmas devem estar prontas até ao final deste ano, o que permitirá que até pelo menos ao próximo inicie o fornecimento de energia ao Malawi.

A construção da linha do lado moçambicano deverá custar, segundo a EDM, pouco mais de 35 milhões de dólares norte-americanos. Enquanto isso, uma outra empreitada, desta feita para a construção de uma nova subestação em Matambo, foi adjudicada ao consórcio SINOHIDRO-SEPCO1.

A nova Subestação de Matambo deverá comportar uma capacidade de 400KV e está inclusa a extensão da actualsubestação, de 220KV.De acordo com a EDM, osdois trabalhos (construção da nova subestação e extensão da actual) deverão custar pouco mais de 21 milhões de dólares norte-americanos. Do lado \ malawiano, o projecto de interconexão de energia eléctrica entre os dois países foi lançado em finais do ano passado pelos presidentes de Moçambique, Filipe Nyusi, e do Malawi, Lazarus Chakwera.

Acredita-se que a energiaa ser fornecida a partir da Hidroeléctrica de Cahora Bassa dê um contributo considerável para tornar mais dinâmicos os projectos de desenvolvimento do Malawi. Antes do início dos trabalhos de implantação das torres, o empreiteiro da obra esteve envolvido em actividades de levantamento topográfico aéreos ao longo do traçado por onde passará a linha de transporte de energia eléctrica de Matambo a Phombeya.

Refira-se que, este é o segundo projecto importante que o país executa, depois da linha MOTRACO, que interliga Moçambique, Eswatini (antiga Suazilândia) e África do Sul. A ideia é que dentro de uma década e meia seja possível a integração do Malawi na rede regional de energia. Para Moçambique, a concretização desta linha é uma mais-valia na comercialização da energia eléctrica produzida da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, pois vai permitir a arrecadação de divisas.