A assinatura do Memorando de Entendimento entre o Instituto de Bolsas de Estudos, IP (IBE, IP), a Embaixada do Brasil e a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), constitui segundo a Directora – Geral o IBE, IP, Carla Caomba, mais uma linha de cooperação para a formação de quadros superiores na área de Mudanças Climáticas, Desenvolvimento Sustentável e Urbanística, por forma a ajudar a resolver os problemas existentes na área metropolitana, relativos a área de estudo.
Trata-se de um acto que formaliza a atribuição de 10 bolsas de estudos, através do Programa Educacional Moçambique, Brasil e Japão (ProEDU), por um lado e, Moçambique, Brasil e Japão (MozBraJa), por outro.
Intervindo durante a cerimónia de assinatura do memorando, havido recentemente em Maputo, Carla Caomba, disse que o acordo tripartido, envolvendo Moçambique, Brasil e Japão constitui um marco da intervenção estratégica que tem vindo à ser implementado bilateralmente, com cada um dos países, na formação e desenvolvimento do capital humano, e reforça o desejo do Governo de Moçambique de prover melhor educação aos seus cidadãos através de oportunidades de oferta de bolsas de estudo e cimentar cada vez mais a unidade nacional.
Aliás, a interacção com os parceiros nacionais e estrangeiros enquadra-se numa das atribuições do IBE, IP que, anualmente, tem envidado esforços para a procura de apoio e financiamento para bolsas de estudo em diferentes países.
Recorde que no quadro da cooperação entre os Governos de Moçambique, Brasil e Japão, encontram-se actualmente no Brasil cerca 369 de estudantes, integrados em vários programas e, no Japão um total de 66 estudantes, sendo 33 geridos pela Embaixada do Japão e 33 através da JICA.
Por sua vez, o Embaixador do Brasil em Maputo, Ademar Seabra da Cruz Júnior, saudou os presentes à assinatura do Memorando de Cooperação, em especial a Secretária Permanente do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Nilsa Miquidade, e o Representante Residente da JICA em Moçambique, Otsuka Kasuki.
Adicionalmente, o diplomata brasileiro ressaltou o extraordinário estágio das relações bilaterais Brasil-Moçambique, nas áreas de ciência, tecnologia e mobilidade académica, aludindo aos encontros recentemente mantidos com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara, sobre a crescente e expressiva participação de estudantes e pesquisadores moçambicanos em programas de pós-graduação no Brasil.
O Embaixador ressaltou a longa e histórica tradição da cooperação Brasil-Japão, notadamente com a JICA, em ciência, tecnologia e inovação, experiência que credencia ambos os países à trabalharem de forma ainda mais eficiente, articulada e produtiva com Moçambique.
“O presente modelo de cooperação triangular, objecto do Memorando de Cooperação, ensejará a multiplicação de acções de cooperação académica, científica, universitária e de desenvolvimento tecnológico com Moçambique, por sua relação custo-benefício altamente favorável, em termos de concessão de bolsas de estudos e comparticipação de custos; optimização de experiências de formação e de qualificação académica no Brasil; aprimoramento de capital humano; fortalecimento e integração dos laços e acções de cooperação académica e científica entre Moçambique, Brasil e Japão”, sublinhou Ademar Seabra.
Otsuka Kazuki representante residente da JICA em Moçambique, disse que o principal objectivo deste projeto, é que a experiência dos estudantes bolseiros, adquirida por meio da bolsa de estudo, para a Resolução de Problemas de Urbanização apelidado de “ProEDU MozBraJa”, seja utilizada e partilhada para a promoção do desenvolvimento urbano sustentável em Moçambique.
Kazuki reiterou o compromisso da JICA em continuar a contribuir com projectos de melhoria dos Padrões de Qualidade do Sistema de Transporte Público Urbano de Maputo, METRAP-Maputo, como também a sua cooperação, em outras áreas, tais como infraestruturas de transporte, agricultura, educação, desastres naturais, saúde e energia, ajudando assim o Governo de Moçambique, no melhoramento da condição de vida, do povo moçambicano.
“Para resolver os problemas causados pela urbanização, é importante cultivar a geração jovem em Moçambique, como especialistas para o desenvolvimento sustentável da urbanização. Por isso, este programa de bolsas de estudo garante o estágio profissional durante o período de formação”, disse.
Fonte: MCTES
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