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Governo quer reduzir riscos de branqueamento de capitais

Governo quer reduzir riscos de branqueamento de capitais
Jornal Noticias

O GOVERNO está à procura de mecanismos para evitar que a exploração e comercialização de metais preciosos e gemas no país possa servir para branquear capitais e financiar o terrorismo.Com efeito, o Ministério dos Recursos Minerais e Energia promoveu ontem, em Maputo, um encontro de Avaliação Sectorial de Riscos de Branqueamento de Capitais, Financiamento ao Terrorismo, de Armas de Destruição em Massa.

 Juntando representantes do governo e operadores do sector privado da área de exploração e comercialização de metais preciosos e gemas, o encontro tinha em vista capitalizar a contribuição do sector dos recursos minerais, para a retirada do país da lista cinzenta do Grupo de Acão Financeira Internacional (GAFI).

Nos últimos anos, segundo o viceministro dos Recursos Minerais e Energia, António Saíde, a diversidade de recursos naturais e a localização geoestratégica de Moçambique têm atraído investimento nacional e estrangeiro que, através de projetos estruturantes, contribui de forma crescente para a economia não só em termos de captação de receitas e geração de emprego, mas também para a industrialização.

 “O nosso país passou por um processo de avaliação de conformidade efetuada pelo GAFI, tendo sido concluído que não tinha conformidade e efetividade nas matérias de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo e a armas de destruição em massa”, enquadrou. Explicou que a avaliação dos riscos é uma catividade intrínseca ao desenvolvimento de sistemas preventivos e à luta contra estes flagelos, em consonância com as 40 recomendações do GAFI, constantes do relatório de 2012. Saíde apontou também que o país realizou no período entre Julho de 2020 e Março de 2021 a Avaliação Nacional dos Riscos de Branqueamento de Capitais e de Financiamento do Terrorismo, com vista a identificar as ameaças, vulnerabilidades e a compreender os riscos.

 “Da análise geral, concluiuse que a combinação de fatores, tais como a localização geográfica falta de meios, torna o país propenso a catividades ilegais, com manifestações da criminalidade organizada, especialmente de natureza transnacional, mormente o tráfico de pessoas, tráfico de drogas, roubo de veículos, contrabando, extorsão, tráfico ilícito de metais e pedras preciosas, de madeira e caça furtiva”, sustentou.

No caso dos recursos minerais, o governante indicou que os negociantes de metais e pedras preciosas são de nível alto com tendência crescente.

Garantiu que o Governo tem estado a orientar todos sectores a fazerem avaliações sectoriais para que as mesmas ajudem o país a alcançar a eficiência e efetividade de acordo com as recomendações do GAFI e a saída de Moçambique da lista cinzenta

Fonte: Jornal Noticias