O GABINETE de Informação Financeira de Moçambique (GIFIM)deve reforçar a coordenação do trabalho em curso com outras instituições relevantes no domínio do branqueamento de capitais e do financiamento ao terrorismo, como premissa essencial para um ambiente financeiro internacionalmente credível.
Esta é a principal recomendação deixada ontem pelo Primeiro-ministro, Adriano Maleiane, na cerimónia de tomada de posse dos novos diretor-geral e director geral adjunto do GIFIM, respetivamente Aurélio Matavele Júnior e Luís Cezerilo.
A principal missão deste organismo, que é tutelado pelo Ministério da Economia Finanças, é coordenar as informações sobre as operações económico-financeiras que possam constituir branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e crimes conexos.
Com a inclusão do país na lista cinzenta do Grupo de Acão Financeira Internacional (GAFI), que acompanha os progressos dos países em questões relacionadas com o branqueamento de capitais e outras ações financeiras prejudiciais, o trabalho do gabinete é, sobretudo, reverter a situação. Assim, o PM desafiou os novos gestores a apertarem o cerco à lavagem de dinheiro RECOMENDA PMGIFIM deve consolidar sistema financeiro nacional Aurélio Matavele e Luís Cezerilo em estreita cooperação com o Grupo de Acão Financeira Internacional e as demais entidades nacionais com vista a acelerar o processo e oferecer uma outra imagem do sistema financeiro nacional.
“Neste momento em que o nosso país se encontra sob vigilância reforçada do GAFI, o vosso empenho e dedicação será crucial para a coordenação e dinamização da implementação das reformas constantes do Plano de Acão que visa tirar Moçambique da designada Lista Cinzenta”, disse o Primeiro-ministro moçambicano.
O Governo tem vindo a tomar um conjunto de medidas para a prevenção e combate a estes fenómenos que afetam negativamente a economia e a sociedade em geral, tendo para o efeito revisto a lei sobre o branqueamento de capitais.
Segundo Adriano Maleiane, a disposição passou a estabelecer o regime jurídico e medidas de prevenção e repressão em relação à utilização do sistema financeiro e das entidades não financeiras para efeitos de branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo, assim como da proliferação de armas de destruição em massa.
“Importa ainda referir que Moçambique aderiu a várias convenções e organismos internacionais, como o Grupo de Países do Sul e Leste de África contra a Lavagem de Dinheiro – ESAAMLG e o Grupo de Acão Financeira Internacional (GAFI) ”, realçou.
Por sua vez, o novo diretor-geral, que antes desempenhava as funções de Alto-comissário de Moçambique no Reino Unido, reconheceu a complexidade do branqueamento de capitais e disse que vai priorizar a colaboração com acores internos e externos para alargar o leque de controlo.
Afirmou também que existem boas perspetivas de retirar o país da lista cinzenta mais cedo do que o previsto e que é essencial continuar a trabalhar com todas as instituições financeiras e judiciais partes deste processo.
Fonte: Jornal Noticias
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