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Atraso de benefícios inquieta combatentes

COMBATENTES da luta de libertação nacional em Marrupa, província do Niassa, pedem melhoria de assistência médica e medicamentosa, e regularização do pagamento de subsídios por morte e despesas funerárias. O pedido foi expresso na semana passada, no decorrer do encontro que o secretário de Estado no Niassa, Dinis Vilanculo, orientou com os combatentes residentes no distrito de Marrupa, por ocasião da sua visita de trabalho àquela parcela do país.
Luís Canhiro, que falava em representação dos combatentes disse que a assistência médica é um direito mas, infelizmente, enfrentam sérias dificuldades para aceder, sobretudo nos momentos mais difíceis do estado de saúde.
Assim, apelou ao Governo para instruir o sector da Saúde a aprofundar cada vez mais os mecanismos de prestação plena de assistência médica e medicamentosa aos mais de setecentos combatentes daquele distrito.

Outra preocupação daquela classe social relaciona-se com o atraso que ainda se verifica no pagamento dos subsídios por morte e despesas funerárias aos seus familiares. Segundo Luís Canhiro o pagamento daquelas despesas tem acontecido mais de um ano após a morte do combatente, situação que cria descontentamento por parte dos parentes do finado e que pedem um esforço suplementar visando encontrar uma solução rápida e satisfatória. Por seu turno, José Manuel, director provincial do Serviço de Saúde no Niassa, que integrava a comitiva do secretário de Estado, disse que o sector que dirige trabalha arduamente com vista a assegurar a introdução da caderneta do combatente.
A estratégia visa fundamentalmente assegurar o acesso rápido aos medicamentos prescritos pelos clínicos nas consultas concedidas aos combatentes e seus ndependentes.

José Manuel reconheceu que devido à fragilidade do sistema de gestão de medicamentos destinados à prestação de assistência aos combatentes no Niassa, alguns funcionários do seu sector protagonizam desvios para fins próprios. No entanto, segundo prometeu, as falcatruas têm dias contados. O director provincial dos Serviços Provinciais de Economia no Niassa, Miguel Mariano, disse que a celeridade no pagamento de subsídios por morte e despesas funerárias passa pelo reforço do orçamento para aquelas duas rubricas porquanto a morte é imprevisível.