OS prejuízos das acções de vandalismo e roubo de cabos de cobre na infra-estrutura das estatais sul-africanas de energia eléctrica, transportes e telecomunicações ascendem a mais de sete mil milhões de randes (28,2 mil milhões de meticais) por ano, anunciou ontem a Eskom.
“Na Eskom, os prejuízos directos rondam os dois mil milhões de randes (oito mil milhões de meticais) em resultado do roubo de cabos. Entre todas as empresas estatais do país, particularmente a Prasa, Telkom e Eskom, os prejuízos ascendem a aproximadamente sete mil milhões de randes por ano”, disse a advogada Karen Pillay.
Em entrevista ontem à rádio 702, em Joanesburgo, capital económica da África do Sul, a responsável pela segurança do grupo Eskom, que gere a rede eléctrica, adiantou que o número de incidentes “está a aumentar, particularmente nascentrais mais remotas do país”.
Segundo a responsável sul-africana, as redes criminosas envolvidas no roubo destes cabos “são grupos numerosos, fortemente armados e devidamente organizados”, salientando que “usam até veículos pesados com gruas para removê-los em larga escala”.
A advogada referiu que “nos últimos incidentes os destinatários do cobre roubado eram comerciantes de sucata”.
Questionada sobre os casos investigados pela empresa em articulação com as autoridades sul-africanas, a responsável da Eskom salientou que “existe definitivamente o envolvimento de funcionários a vários níveis nos casos apresentados em tribunal”, sem avançar detalhes.
A Eskom, a concessionária pública de energia eléctrica que é responsável por 90% da produção nacional, retomou terça-feira os cortes de energia diários devido à falta de capacidade de geração. (Lusa)
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