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ZONA DE LIVRE COMÉRCIO: Moçambique e Eswatini removem barreiras no sector ferroviário

MOÇAMBIQUE e Eswatini acordaram a remoção da fronteira ferroviária no transporte de mercadorias através da linha férrea de Goba, que liga os dois países.
Para o efeito, representantes das empresas Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Eswatini Railways rubricaram sexta-feira, em Maputo, um acordo que formaliza a circulação de comboios directos entre o Porto de Maputo e Sdokodvo, entre as duas operadoras ferroviárias, um acto testemunhado por membros dos governos dos dois países.
Na ocasião, o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, disse ser um acto que contribui para a concretização da zona de livre comércio africana e que, com o acordo, estão criadas as condições necessárias para a troca e livre circulação de material circulante entre os dois países, sem observância da paragem obrigatória na fronteira de Goba.
“Como impacto imediato do acordo assinado, a linha férrea de Goba vai duplicar o número de comboios diários de carvão, passando dos actuais dois para quatro. O volume de carvão transportado também vai aumentar na mesma proporção, passando das actuais 3600 toneladas para 7200 toneladas por dia”, disse.
O governante explicou ainda estarem em curso acções tendentes a incrementar a capacidade da linha férrea de Goba, que no ano passado transportou cerca de 190 mil
toneladas de carga proveniente de Eswatini para o Porto de Maputo e que culminarão com o manuseamento de cerca de 788 mil toneladas até ao final do ano, quadruplicando, deste modo, o volume de carga manuseada em 2021.
“Os impactos da remoção das fronteiras ferroviárias em Ressano Garcia, com a África do Sul, e em Goba, com Eswatini, são positivos e não se limitam às operações, pois há também proveitos positivos para todos os outros integrantes da cadeia logística do transporte ferroviário no Corredor de Maputo”, frisou.
Segundo Mateus Magala, o Porto de Maputo, que já no ano passado registou o recorde de sempre de mais de 22 milhões de toneladas manuseadas, está agora em posição de continuar a crescer e aumentar os volumes manuseados que receberá das linhas férreas alimentadoras.
“A economia nacional tem uma oportunidade de continuar a crescer de uma forma sustentável e equilibrada, através de impostos e diversas taxas, oportunidades de emprego e multiplicação de negócios que advêm das infra-estruturas de transporte”, disse.
Por seu turno, o ministro das Obras Públicas e Transportes do Reino de Eswatini, Ndlaluhlaza Ndwandwe, disse estarem criadas as condições para uma redução significativa do tempo das operações e melhoria da eficiência dos serviços ferroviários dos dois países no transporte do açúcar, carvão, entre outras mercadorias que deverão demandar à linha de férrea de Goba.