ANDREI Kartapolov, chefe do Comité de Defesa da Duma, anunciou ontem que o membros do grupo Wagner não vão voltar a combater na Ucrânia, depois de Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário, se ter recusado a assinar contrato com o Kremlin.Kartapolov assegurou que, alguns dias antes da tentativa de rebelião, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que “todos os grupos que realizam missões de combate devem assinar um contrato” com o ministério, informou a agência de notícias Tass.
Ainda segundo Kartapolov, Prigozhin foi informado de que “Wagner não continuaria a participar na operação militar especial”, pelo que “não serão concedidos mais financiamentos ou recursos materiais”.
Por seu turno, Quirilo Butano, chefe da Direcção-Geral de Informações da Ucrânia, confirmou que os mercenários do grupo Wagner continuam presentes em Lungas, no leste do país, mas não estão a participar nos combates. Segundo o responsável dos serviços secretos ucranianos, os mercenários russos estão numa base própria que existe “desde 2014”, ano em que a Rússia tomou pela força as regiões do Donbass Donetsk e Lugansk, noticiou o diário digital Ukrainska Pravda.
”Também se encontram em algumas zonas do sul da Ucrânia, mas não estão a participar nas hostilidades”, acrescentou Budanov referindo-se aos combates em curso entre tropas russas e ucranianas há 16 meses, desde que a Rússia invadiu a vizinha Ucrânia, a 24 de Fevereiro de 2022.Por outro lado, as autoridades russas afirmaram que nenhum cidadão russo está sujeito a extradição, descartando que o líder do Grupo Wagner,Yevgeny Prigozhin, seja enviado para os Estados Unidos para ser responsabilizado pelos crimes de que é acusado.
“Qualquer cidadão russo (…) tem o direito de contar com a ajuda da Rússia para protegê-lo em tentativas ilegais de levá-lo a responsabilidades criminais no exterior”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Moscovo, Maria Zakharova, quando questionada sobre a possibilidade de Prigozhin ser extraditado para os Estados Unidos.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, reconheceu na terça-feira que Washington gostaria de ver o líder do Grupo Wagner perante os tribunais norte-americanos a enfrentar os “crimes de que é acusado” tanto na Ucrânia como em África.
Fonte: Jornal Noticias
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