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Produção agrária aquém das necessidades do consumo

A PRODUÇÃO agrária, na capital do país, continua a não cobrir as necessidades de consumo, facto que concorre para gastos com importações. Entre os principais produtos importados da África do Sul, destacam-se batata reno, repolho, cenoura, frango congelado, ovos e peixe.

Segundo a directora dos Serviços das Actividades Económicas, no Conselho dos Serviços de
Representação do Estado, Lúcia Luciano, que falava, recentemente, sobre as estratégias para alavancar a produção agrária, a cidade de Maputo, espera produzir 178.183,8 toneladas de produtos diversos na presente campanha, 2021-2022, das 191.686,1 necessárias, o que representa um défice de 35.811 toneladas.
Indicou, igualmente, que se perspectiva produzir 7206 toneladas de carne de frango, das 33.827 necessárias, o correspondente 26.980,6 toneladas a mais.
Face a este cenário, Luciano apontou que as autoridades pretendem, entre várias medidas, investir na disponibilização de água para rega, através da construção de novos sistemas, uso de semente melhorada e tolerante à seca, fomento pecuário, processamento de hortícolas e aves. O sector tenciona treinar extensionistas e produtores em matéria de mudanças climáticas ou práticas de agricultura de conservação para melhorar a produtividade.
“Perspectivamos transformar e modernizar a agricultura, sobretudo no modo de organização da produção e comercialização, envolvendo o sector privado e maior integração do ramo familiar no mercado nacional e internacional, seleccionando culturas estratégicas para o consumo interno e exportação, facto que vai acelerar o crescimento, criar mais emprego e, sobretudo, fornecer alimentos à população”, afirmou.

A cidade de Maputo possui 1300 hectares de terra arável, distribuídos pelos distritos de KaMavota, KaMubukwana, KaTembe e KaNyaka. Conta ainda com mais de 14.500 agricultores agrupados em 33 associações assistidas por 46 extensionistas agrários