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OMS alerta para risco acrescido de nova variante

A ORGANIZAÇÃO Mundial da Saúde (OMS) alertou terça-feira para o risco acrescido do aparecimento de uma nova variante do coronavírus que causa a Covid-19, eventualmente mais perigosa, devido à multiplicação de infecções com a variante Ómicron, a mais transmissível.

“Quanto mais a Ómicron se espalha, mais se transmite, mais se replica e mais é susceptível de gerar uma nova variante. Actualmente, a Ómicron é mortal, pode causar morte. Talvez um pouco menos do que a Delta, mas quem pode dizer que a próxima variante pode gerar?”, disse, em declarações à agência noticiosa francesa AFP, Catherine Smallwood, responsável pelas situações de emergência na OMS Europa.

Devido à circulação da variante Ómicron, a Europa – onde vários países superaram recordes diários de infecções com o SARS-CoV-2 voltou a ser o epicentro da pandemia da Covid-19.
Desde o início da pandemia, em 2020, a Europa registou mais de 100 milhões de infecções.
Na última semana de 2021, continente teve mais de cinco milhões de novos casos. “O que ofusca quase tudo o que vimos até agora”, afirmou Catherine Smallwood.

“Estamos numa fase muito perigosa, as taxas de contágio aumentam de maneira significativa na Europa Ocidental e seu impacto real ainda não é claro”, sustentou.
A responsável da OMS advertiu que “quando o número de casos aumenta significativamente é provável que um número muito maior de pessoas com doenças graves acabe no hospital ou até morra”.

A variante Ómicron, identificada em Novembro, sucedendo à Delta, é a mais contagiosa de todas as variantes do coronavírus consideradas de preocupação, apresentando mais de 30 mutações genéticas na proteína da espícula, a “chave” que permite ao vírus entrar nas células humanas.
A França identificou uma nova variante que tem mais de 40 mutações, sendo que uma delas está associada a um potencial aumento da transmissão do vírus.

A variante, da qual pouco ainda se sabe, foi baptizada pelos cientistas com as iniciais do Instituto Hospitalar Universitário (IHU) de Marselha, onde foi feita a descoberta, e deriva de uma outra, a B.1.640, detectada em finais de Setembro na República do Congo e actualmente sob vigilância da OMS. – (LUSA)