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Mineiros regressam gradualmente à RAS

PELO menos 23.860 mineiros moçambicanos terão regressado à República da África do Sul (RAS) até ontem, para retomarem as suas actividades laborais após a passagem do natal e do fim do ano junto às famílias.
O porta-voz do Serviço Nacional de Migração (SENAMI) na província de Maputo, Juca Bata, disse que no domingo cruzaram a fronteira de Ressano Garcia, de regresso à terra do rand, cerca de 10.200 mineiros, e as autoridades prevêem que já se tenha atingido o pico de retorno.

No geral, Bata referiu que até esta terça-feira atravessaram as fronteiras de Ressano Garcia, Namaacha, Goba e Ponta do Ouro cerca de 180 mil viajantes. No entanto, mais pessoas poderão atravessar estes postos até hoje.
O porta-voz do SENAMI garantiu que, apesar do fluxo intenso de passageiros, tudo está a ser feito para flexibilizar movimento de retorno de cidadãos nacionais e estrangeiros nas quatro fronteiras da província de Maputo.
Entretanto, passageiros que pretendem embarcar com destino a Joanesburgo, Pretória, Nelspruit e Durban, na vizinha África do Sul, queixam-se de longas horas de espera por autocarros no Terminal Rodoviário Interprovincial e Internacional da Junta.

O chefe da Associação dos Transportadores Internacionais no Terminal da Junta, Marcelo Gule, assumiu a incapacidade para transportar os passageiros devido ao aumento do fluxo. “No dia 1 de Janeiro saíram do parque 16 veículos e nos últimos dois dias tirámos em média cerca de 10 minibuses”, disse Gule, lamentando que, perante a escassez de transporte para a rota internacional, falte coordenação com algumas cooperativas de transporte público.
O chefe da associação observou que havia expectativa de aumento da tarifa de transporte, dos 350,00 randes (1400,00 meticais) para 380,00 (1520,00 meticais), com base num acordo com as transportadoras da África do Sul que é aplicado anualmente.

Porém, este ano não foi possível devido a constrangimentos causados por alegada usurpação de passageiros, enquanto a África do Sul saiu dos 450,00 para 480,00 randes por passagem.
Gule afirmou que os dois postos de testagem da Covid-19 contribuíram para reduzir as enchentes na fronteira de Ressano Garcia, contrariamente ao que aconteceu no ano passado.