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GUINÉ-BISSAU Embaló considera que país se reergueu em 2021

O PRESIDENTE da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, defendeu ontem que o país “conseguiu reerguer-se em 2021 ao sair de crises cíclicas” e agora prepara-se para se lançar ao desenvolvimento.
Sissoco Embaló fez estas considerações ao discursar perante deputados, membros do Governo, chefias militares, elementos da sociedade civil que lhe foram apresentar cumprimentos de Novo Ano no Palácio da Presidência, em Bissau.

Dirigindo-se aos deputados, o Presidente guineense destacou que a partir de 2021 a Guiné-Bissau “deixou de ser um país que se sujeitava ao acompanhamento permanente da comunidade internacional”. O estadista aproveitou a ocasião para voltar a lembrar aos deputados que, de acordo com a Constituição, apenas o chefe de Estado tem poderes para operar mudanças nos outros órgãos da soberania.

“Mesmo na Coreia do Sul há separação de poderes, mas é verdade que o Presidente da República é quem nomeia, dissolve e empossa, isso demonstra a responsabilidade que o Presidente da República tem”, disse Embaló, que mantém um relacionamento tenso com o Parlamento nos últimos tempos.

Por diversas vezes, o Presidente guineense ameaçou que poderia dissolver o Parlamento.
O primeiro-ministro, Nuno Nabiam, por sua vez, salientou “os ganhos significativos” alcançados pelo país na arena internacional, através de um processo de retoma de visibilidade e afirmou que os benefícios desse exercício se “vislumbram paulatinamente”. A nível interno, Nabiam, que também mantém um relacionamento tenso com chefe de Estado, admitiu que ainda existe “um longo caminho a percorrer e enormes desafios”, nomeadamente na consolidação de instituições da República, no processo democrático e na realização dos anseios dos guineenses.
“Esta gigantesca tarefa constitui responsabilidade de todos, mas particularmente dos titulares de cargos públicos”, defendeu o primeiro-ministro guineense. – (LUSA)