O ex-ministro das Finanças, Manuel Chang, deve comparecer a um tribunal federal de Nova York hoje para enfrentar acusações dos EUA sobre seu papel no escândalo de fraude em títulos de 2 biliões de dólares que envolveu o Credit Suisse, apurou Justiça Nacional.
Não se trata do esperado julgamento. Este só irá acontecer em Outubro.
Como podem ver, Chang não foi aos EUA para ficar a coçar. Espera-lhe uma batalha muito forte e cabe, sobretudo, a ele dar um rumo certo a sua já complicada situação.
É que Chang e a sua família não se podem iludir. O antigo ministro já não tem espaço neste Moçambique. A situação de Chang fez com que ele perdesse pátria. E no lugar de se bater, para provar a sua “inocência”, ele devia entregar tudo. Devia abrir o jogo. Devia explicar, sem rodeios, quem são as pessoas que estão envolvidas neste calote e quanto é que recebeu cada uma delas.
Até aqui, Chang é visto como a personificação deste vergonhoso calote, mas existem outras pessoas que se beneficiaram de tudo e que nunca foram chamadas ao tribunal. Portanto, cabe a Chang denuncia-las. Ou seja, é a única saída decente que ele tem.
Mesmo que não denuncie nenhum deles, quem dos camaradas aceitará ter novamente Chang como amigo? Chang não mais fará parte da súcia dos camaradas. Está condenado ao isolamento, ao ostracismo.
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