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AMANHÃ EM CIMEIRA EXTRAORDINÁRIA SADC avalia progressos no combate ao terrorismo

OS CHEFES de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) reúnem-se amanhã em sessão extraordinária para avaliar os progressos alcançados pela missão militar da organização (SAMIM) na luta contra o terrorismo em Moçambique.

O mandato da SAMIM iniciou em Julho de 2021 após sua aprovação pela Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da SADC realizada em Maputo a 23 de Junho de 2021.
A SAMIM surge como resposta regional da SADC para apoiar Moçambique no combate ao terrorismo e actos de extremismo violento em alguns distritos da província de Cabo Delgado.

A cimeira, que terá lugar em formato virtual, será dirigida pelo estadista malawiano, Lazarus Chakwera, na qualidade de Presidente da SADC.“A cimeira irá, entre outros assuntos, discutir o apoio para a operacionalização dos objectivos da SAMIM visando restaurar a paz e estabilidade em Cabo Delgado”, explica um comunicado desta organização regional.

Segundo o Tratado da SADC, a cimeira da SADC é responsável pela direcção geral da política e controlo das funções da comunidade, tornandoa, em última análise, a instituição de formulação de políticas da SADC.
A sessão será antecedida da cimeira extraordinária da Troika do Órgão da SADC, Comité Extraordinário de Finanças e Conselho de Ministros Extraordinário da comunidade.

Refira-se que, recentemente, o Presidente Filipe Nyusi disse acreditar na possibilidade da extensão do mandato da SAMIM. Segundo o estadista moçambicano, a permanência das tropas da África Austral em Moçambique será um dos pontos a serem abordados na próxima Cimeira da SADC.
Actualmente, os terroristas conseguiram entrar na vizinha província do Niassa, depois de terem sido escorraçados de Cabo Delgado.

Nyusi anunciou o facto num encontro mantido com seu homólogo do Botswana, Mokgweetsi Masisi, na visita que efectuou semana passada a Cabo Delgado. Na ocasião, manifestou apreço ao apoio que tem recebido do Botswana. Por seu turno, o Presidente do Botswana instruiu as suas tropas para “atirarem a matar” contra todos os terroristas que se recusarem a depor as suas armas.

“Matem o inimigo”, disse Masisi, exortando que os soldados tswanas primem pela excelência e façam tudo para brilhar em Moçambique. A SAMIM, que integra quase dois mil militares de vários países da região, chegou a Moçambique em Julho para ajudar o país na luta contra os terroristas, que já provocaram cerca de três mil mortes, mais de 850 mil deslocados e destruição de muitas infra-estruturas públicas e privadas.
As operações no terreno começaram a 9 de Agosto.