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GOLFO DA GUINÉ Pirataria com grande impacto em países da África Ocidental

A PIRATARIA marítima no Golfo da Guiné está a ter um impacto negativo nos países costeiros da África Ocidental, revela um relatório das Nações Unidas terça-feira divulgado, que pode levar o Conselho de Segurança a actuar nesta área.
[inline_posts box_title=”Recomendamos” align=”alignleft” textcolor=”#000000″ background=”#f2f2f2″]48, 51, 60[/inline_posts]De acordo com o documento do Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e do Instituto de Investigação do Mar Estável, “o sudeste asiático e o Golfo da Guiné tiveram quase mesmo número de incidentes em 2020”, mas dos 631 raptos que aconteceram no mundo, 623 (representando 99%) ocorreram no Golfo da Guiné.

As águas deste golfo, que faz fronteira com cerca de 20 países e se estende (no sentido Norte-Sul) do Senegal a Angola, são ricas em hidrocarbonetos e recursos pesqueiros.
Segundo o relatório da ONU, os grupos piratas concentrados no delta do Níger, com vista para o Golfo da Guiné, “ganham talvez cerca de 4,45 milhões de euros (320,4 milhões de meticais) por ano em receitas directas de roubo e tomada de reféns”.

“A maioria destas receitas quase 3,6 milhões de euros (259,2 milhões de meticais por ano é roubada e extorquida a entidades não africanas que procuram libertar reféns não-africanos, “deixando alguns a concluir que os países do Golfo da Guiné não são as principais vítimas”, descreveu o documento, intitulado “Piratas do Golfo da Guiné: Uma Análise dos Custos para os Estados Costeiros”. Todavia, segundo o relatório, “o custo total da pirataria para os Estados costeiros do Golfo da Guiné [é] de pelo menos 1,711 mil milhões de euros (123,2 mil milhões de meticais) por ano”.
O documento cita perdas directas e indirectas tais como investimentos em segurança que poderiam ir para outras áreas de despesa.

“Como grande nação marítima, a Noruega apoia uma maior atenção do Conselho de Segurança (CS)” sobre esta ameaça, afirmou Anniken Huitfeldt.
O CS interveio na Somália devido a problemas com a pirataria na região.
Assim, as intervenções militares ao largo da costa da Somália desde 2008 com aviões e navios de vigilância marítima, incluindo norte-americanos e europeus, resultaram numa ausência de incidentes relacionados com pirataria nos últimos quatro anos. (LUSA)