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NA BAIXA DA CIDADE ”Confusão nas primeiras horas da feira de roupa usada”

SEXTA edição da feira temática de roupa usada, que decorreu ontem na baixa da cidade de Maputo, foi marcada por confusão nas primeiras horas, movida por vendedores do Mercado Central, que alegavam que a exposição estava a retirar-lhes clientes devido ao encerramento de parte da Avenida Zedequias Manganhela, entre Karl Marx e Filipe Samuel Magaia. Segundo os vendedores do Mercado Central, o encerramento da Zedequias Manganhela para a exposição-venda de roupa usada retrai os clientes que habitualmente frequentam o bazar, o que reduz o volume de vendas.


O Conselho Municipal de Maputo, entidade organizadora, aponta que antes do início das feiras houve explicação à comissão de vendedores do Mercado Central dos objectivos e alcance das feiras temáticas. Danúbio Lado, vereador do Desenvolvimento Económico Local no município de Maputo, disse não ter havido oposição, pelo que a feira estava a acontecer ontem pela sexta vez, até porque se trata de roupa e calçado, objectos que não são comercializados no Mercado Central, dedicado essencialmente a produtos frescos em especiarias.
“Trata-se de uma actividade em que, pelo sucesso na organização da venda informal, pretendemos evoluir para a criação de zonas pedonais onde a exposição de roupa, calçado e bijuterias diversas será permanente”, disse.

As feiras começaram por ser mensais e, a partir deste mês, são semanais.
Acrescentou que, depois de duas horas de alvoroço, com os vendedores do Mercado Central a entoarem hinos contra, a baterem latas e a impedirem que os feirantes desenvolvessem a sua actividade, o diálogo, promovido pelo município, resultou em calma, facto que permitiu a retoma da exposição-venda na sua máxima força.


No entanto, contrariamente aos momentos iniciais, os feirantes já não contavam com as mesas de exposição e sombrites por receio de vandalização. “O diálogo vai continuar, ao mesmo tempo que continua o plano de feira temática, pois trata-se de uma actividade que, por um lado, ajuda muitos informais e, por outro, não prejudica os vendedores do Mercado Central”, vincou.


Justificou que a escolha do local para a realização da feira teve em conta a possibilidade de os expositores e utentes usarem os sanitários públicos ali existentes.
Importa destacar que nesta sexta edição se inscreveram para a exposição cerca de 200 feirantes.