A CONSTRUÇÃO de aterros sanitários é apontada como uma das prioridades do Governo para a melhoria da gestão dos resíduos sólidos e garantia da qualidade ambiental nas grandes cidades. Em 2020, por exemplo, Ministério da Terra e Ambiente (MTA) concebeu um projeto de construção de infraestruturas para o tratamento de lixo para todas as províncias do país, incluindo duas para a Região Metropolitana do Grande Maputo.
No Grande Maputo, se por um lado, o projeto de aterro foi anunciado antes de 2020, por outro, o desabamento da lixeira de Hulene, que matou 16 pessoas, serviu para acelerar os passos para a implementação do projeto. Entretanto, até ao momento, as lixeiras a céu aberto continuam o destino final das mais de três mil toneladas de resíduos produzidos diariamente.
O aterro de Matlemele foi projetado em 2012, as obras de vedação iniciaram em 2016, a edificação levaria 30 meses, num custo de 60,8 milhões de dólares e uma vida útil de 25 de anos. O local estava desenhado para receber 1.400 toneladas por dia e reciclar 200, assim como gerar quatro megawatts de energia. Após o aluimento da lixeira de Hulene, o MTA anunciou que até 2019, o aterro estaria operacional. Na sequência da paralisação das obras em Mate emele, devido a falta de recursos financeiros e conflitos envolvendo a população local, o município de Maputo anunciou, em 2019, a construção do aterro da KaTembe, numa área de 25 hectares, com uma vida útil de 20 a 25 anos, cujas obras teriam a duração de cinco anos. Volvidos quatro anos, os aterros continuam um sonho, dos munícipes de Maputo e Matola, por materializar.
Se em Matlemele persiste o braço de ferro entre os residentes e a administração municipal, bem como o desafio do reassentamento de 200 famílias, na KaTembe ainda está se na fase de estudos e desenho do projeto. Enquanto isso não acontece, Hulene continua a receber lixo e, segundo o município de Maputo garante estarem criadas condições de segurança das operações.
Com o apoio do governo nipónico, o município tem realizado o tratamento de lixo, usando métodos que visam garantir o funcionamento seguro da lixeira, até à entrada em funcionamento de pelo menos um dos aterros.
Fonte: Jornal Noticias
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